Não restam dúvidas sobre a importância do Carnaval para incentivar o turismo, gerar recursos neste segmentos e divulgar o Estado.Mas temos que considerar alguns aspectos importantes.
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1- O custo-benefício compensa? Para isso temos que ter estudos bem elaborados,independentes e consistentes.
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Avaliar, por exemplo, os vultuosos gastos pelo Estado e Municípios que bancam as festas.Só em Salvador o governo Jaques Wagner anuncia o gasto de 56 milhões de reais,mais do que foi gasto na construção - em véspera da reeleição- do excelente Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana.Sem falar nas milionárias verbas publicitárias, custos indiretos como diminuição da arrecadação de impostos e outros.
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Hospital esse, cujo funcionamento para um atendimento de menos de 70% da sua capacidade operacional custa ao Estado mais de 60 milhões de reais ao ano. E, mesmo assim a Coelba-Companhia Espanhola de Eletricidade na Bahia- ameaça cortar a energia por falta de pagamento de uma conta de mais de 100 mil reais.
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Já, a Prefeitura de Feira de Santana, como se não bastasse o prejuízo com o Carnaval, que não existe na cidade mas é ponto facultativo municipal e estadual,tem o Comércio penalizado, o que repercute na arrecadação do município.Mesmo assim,irresponsavelmente,vai bancar a outrora boa Micareta em abril.
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Só com a contratação de Ivete Sangalo,fala-se em 600 mil reais. Aí vão se somar trios alternativos,Chiclete com Banana e outras estrelas do Axé,do Forró Elétrico, Pagode , Arrocha e outras babozeiras que se dizem culturais.Já aos artistas locais, são pagos com atraso e com cachês irrisórios.
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2- Já se foi o tempo em que o Carnaval em Salvador e a Micareta em Feira foram festas realmente populares.Onde o Povo, a custo zero, brincava à vontade nas ruas e, a dita Elite, se esbaldava à noite nos clubes fechados. Aos poucos, a Elite via que o bom mesmo era o Carnaval na rua, junto com o Povo, numa harmonia gostosa de ver.
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Alguns anos depois de democrática harmonia na folia, fecharam-se os clubes e fechou-se a rua ao Povo,que agora, nas arquibancadas, mais parece galinha em poleiro ao sol, ou então,atrás de migalhas dos milionários trios elétricos, que o separa dos ricos, por intermédio de cordas, com cordeiros mal remunerados, efetivando, a segregação financeira pelo poder dos empresários. Estes,são os que realmente se beneficiam com o Carnaval.
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Também exploram os caros camarotes, que mais parecem os espaços disponibilizados no Coliseu para os Nobres do Império Romano, que se divertiam e jogavam migalhas aos plebeus .
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1- O custo-benefício compensa? Para isso temos que ter estudos bem elaborados,independentes e consistentes.
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Avaliar, por exemplo, os vultuosos gastos pelo Estado e Municípios que bancam as festas.Só em Salvador o governo Jaques Wagner anuncia o gasto de 56 milhões de reais,mais do que foi gasto na construção - em véspera da reeleição- do excelente Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana.Sem falar nas milionárias verbas publicitárias, custos indiretos como diminuição da arrecadação de impostos e outros.
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Hospital esse, cujo funcionamento para um atendimento de menos de 70% da sua capacidade operacional custa ao Estado mais de 60 milhões de reais ao ano. E, mesmo assim a Coelba-Companhia Espanhola de Eletricidade na Bahia- ameaça cortar a energia por falta de pagamento de uma conta de mais de 100 mil reais.
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Já, a Prefeitura de Feira de Santana, como se não bastasse o prejuízo com o Carnaval, que não existe na cidade mas é ponto facultativo municipal e estadual,tem o Comércio penalizado, o que repercute na arrecadação do município.Mesmo assim,irresponsavelmente,vai bancar a outrora boa Micareta em abril.
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Só com a contratação de Ivete Sangalo,fala-se em 600 mil reais. Aí vão se somar trios alternativos,Chiclete com Banana e outras estrelas do Axé,do Forró Elétrico, Pagode , Arrocha e outras babozeiras que se dizem culturais.Já aos artistas locais, são pagos com atraso e com cachês irrisórios.
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2- Já se foi o tempo em que o Carnaval em Salvador e a Micareta em Feira foram festas realmente populares.Onde o Povo, a custo zero, brincava à vontade nas ruas e, a dita Elite, se esbaldava à noite nos clubes fechados. Aos poucos, a Elite via que o bom mesmo era o Carnaval na rua, junto com o Povo, numa harmonia gostosa de ver.
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Alguns anos depois de democrática harmonia na folia, fecharam-se os clubes e fechou-se a rua ao Povo,que agora, nas arquibancadas, mais parece galinha em poleiro ao sol, ou então,atrás de migalhas dos milionários trios elétricos, que o separa dos ricos, por intermédio de cordas, com cordeiros mal remunerados, efetivando, a segregação financeira pelo poder dos empresários. Estes,são os que realmente se beneficiam com o Carnaval.
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Também exploram os caros camarotes, que mais parecem os espaços disponibilizados no Coliseu para os Nobres do Império Romano, que se divertiam e jogavam migalhas aos plebeus .
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Passada a festança vem a realidade da depredação do patrimônio público e privado,das doenças infectocontagiosas que passam a ser quadruplicadas, doenças sexualmente transmissíveis,gravidez indesejada,abortamentos e suas consequências ,aumento considerável do absenteísmo e outros transtornos que afetam a todos.
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Em especial aos mais pobres, que não contam com hospitais dignos,transportes,educação e segurança.Todos esses serviços essenciais continuam com verbas contidas.
Eduardo Leite
gastroajuda@hotmail.com
Eduardo Leite
gastroajuda@hotmail.com
CARNAVAL, UMA PRIORIDADE INVERTIDA .
Reviewed by Eduardo Leite
on
2/18/2012 12:19:00 PM
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Um comentário:
Olá Eduardo! desculpe o atraso. Gostei muito de seu texto. De fato, o carnaval é uma festa de contradissões. Quer ser popular, mas é elitista. Quer ser pacífica mas é muito violenta. Um abraço, David (www.desenhuras.blogspot.com)
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