ENTENDENDO A SAÚDE PÚBLICA EM FEIRA DE SANTANA



A última manchete dos diversos meios de comunicação sobre o Hospital Clériston Andrade foi sobre a retenção de ambulâncias do SAMU.

Venho procurando esclarecer à população através da própria imprensa, que continua sem entender, como funciona a assistência médica pública em nossa região.

Na quinta feira véspera da micareta, pela manhã, pude ver como tenho razão em relação à importância que um bom atendimento por parte dos postos da prefeitura de Feira, para que o HCA possa prestar um serviço eficiente para os casos de emergência de média e alta complexidade.

Por falta de alguns pediatras nos postos da prefeitura de Feira o nosso PS Pediátrico estava superlotado com pais e crianças nos corredores por falta de espaço.

Procurei a imprensa para denunciar e só tive apoio por parte de Jota Cardoso, Pedro Justino da Rádio Cultura e Valter Negrini do programa Ronda Policial.

Manifestei a minha indignação, num artigo, publicado no meu blog http://www.eduardoleite.blogspot.com/ e no site do Jânio Rêgo http://www.blogdafeira.com.br/.

Devido à repercussão que teve na imprensa a respeito das ambulâncias do SAMU, volto a esclarecer sobre o tema que merece mais esclarecimento, discussão e, principalmente, solução.

Tentar culpar o HCA por reter essas ambulâncias é desconhecer o sistema SUS. Essas ambulâncias tiveram que ficar esperando, não por falta de macas, leitos, médicos ou equipamentos.

Elas tiveram que esperar os médicos atenderem a todos os pacientes que estavam procurando o HCA devido à deficiência das policlínicas da PMFS e dos seus mais de 100 postos de ambulatórios e PSF.

Tivemos uma micareta que, como todos sabem, desencadeia uma epidemia de virose sob forma gripal, gastroenterite que associadas à dengue, aumentam substancialmente o número de pessoas que necessitam de um atendimento imediato pois, essas viroses cursam com febre acima de 38º C , dores musculares e dor de cabeça, em alguns casos também com diarréia e vômitos.

Não são casos que possam esperar, têm que ser atendidos com prioridade nos postos e nas policlínicas do município.

Como esses postos, sabidamente, são precários e incompetentes, a população procura logo o HCA onde, sabem que podem contar com os pediatras, clínicos e exames de laboratório.

Fica o HCA, com sobrecarga de trabalho o que compromete o já sobrecarregado atendimento às emergências e urgências.

Caberia à PMFS ter planejamento e organizar-se para esses surtos que já são esperados a cada ano pós micaretas.

A responsabilidade do poder público em relação à assistência médica, é há mais de quatro anos, da Prefeitura Municipal de Feira de Santana.

É, ela, a PMFS que recebe a verba Federal do SUS para Feira prestar serviços de assistência médica básica, de média e alta complexidade.

Recebe também a PMFS verba de mais 81 cidades pactuadas para prestar a essas cidades atendimento de média e alta complexidade.

As restantes cidades desta pactuação que abrange 126 cidades têm convênio direto com o Estado via HCA e as outras unidades da rede própria. Destes 126 municípios, 81 repassam verbas diretamente para a Prefeitura de Feira de Santana

Portanto, a PMFS além de receber a verba Federal para Feira para os três tipos de atendimento, recebe de mais 81 cidades as verbas para atendimento de média e alta complexidade.

O repasse é direto. Com essa verba a PMFS compra serviços de mais 33 prestadores de serviços médicos mais o HDPA e o HCA.

Em relação ao pagamento do HCA é importante que todos fiquem sabendo de que o pagamento é fixo, ou seja, se atender a mais não recebe por esse atendimento.

Sem falar nos custos por esses atendimentos prestados pelo HCA que superam em mais do dobro do que recebe mensalmente, o HCA paga o preço da distorção da verdade e das denúncias sem fundamento que tentam denegrir à sua a imagem e atingir diretamente o Governo do Estado.

Se a PMFS fosse competente e tivesse seriedade por parte dos seus representantes a população sob sua responsabilidade não estaria sendo vítima de tantos descasos e lamentáveis conseqüências.

Porque estas distorções continuam? Porque a PMFS não disponibilizou o aumento de aporte financeiro de mais de seis milhões do Governo Federal, verba essa reinvendicada pelo Governo Estadual, para o HDPA?

Por que, para a PMFS quanto mais pessoas procurarem o HCA , ela, a PMFS, economiza verba Federal e, a imagem do Governo Estadual é taxada de incompetente .

Imagem essas que favorese substancialmente aos planos de perpetuação do poder e ganhos financeiros por esses homens e mulheres que se dizem públicos e acima do bem e do mal.

Como as nossas tentativas de diálogo com a Secretaria de Saúde do Município de Feira de Santana-SMSFS não surtiram efeito, procuramos o Ministério Público do Estado para que uma solução seja encontrada e, desde já antecipo essa solução que é simples e resolveria de imediato um grave crime social.

Para isso a PMFS deverá disponibilizar em cada uma das suas cinco Policlínicas, dois médicos pediatras e dois médicos generalistas por plantão de 24 h, além de disponibilizar mais leitos de enfermaria e UTI no HDPA, entidade essa, que se diz filantrópica, mas que só está interessada em atender aos procedimentos dos SUS que disponibilizam gordas faturas.
Faturas essas, que são disponibilizadas a manjados grupos empresariais das doenças, via uma porcentagem para o HDPA.

Eduardo Leite
eduardoleite@gastroajuda.com.br
ENTENDENDO A SAÚDE PÚBLICA EM FEIRA DE SANTANA ENTENDENDO A SAÚDE PÚBLICA EM FEIRA DE SANTANA Reviewed by Eduardo Leite on 5/11/2008 08:48:00 AM Rating: 5

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com esse artigo, pois a deficiência dem édicos nos PSF de Feira de Santana e Policlinicas são bem altas, moro bem proximo a um e até hoje não tive notícias de haver algum pediatra de plantão.
Muito bem colocado esse problema que assola a nossa cidade, e culpando quem na maioria das vezes não tem culpa!

Atenciosamente: Renata Melo

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