´´Os homens são tão simplórios, e se deixam dominar pelas necessidades do momento, que aquele que enganar achará sempre quem se deixe enganar.``
Maquiavel
A festa da lavagem das escadarias da Igreja do Senhor do Bomfim, em Salvador-Ba, já foi boa. Hoje, por causa dos políticos e grupos que exploram as festas populares, virou um palco de exibicionistas e falsos samaritanos.
Maquiavel
A festa da lavagem das escadarias da Igreja do Senhor do Bomfim, em Salvador-Ba, já foi boa. Hoje, por causa dos políticos e grupos que exploram as festas populares, virou um palco de exibicionistas e falsos samaritanos.
Não se trata de saudosismo. Na realidade essa festa que já foi popular, inicialmente, elaborada de maneira espontânea pelo povo festeiro e adeptos do candomblé. Era só alegria e só tinha gente pobre. Nada de comércio com preços abusivos.
Com o sucesso a cada ano vieram os empresários das festas e os políticos a procurarem espaço e divulgação barata. Políticos de todos os tipos. A maioria, independentemente, se da esquerda ou da direita se pareciam na demagogia e nos falsos sorrisos.
Foram esses os empresários e políticos que da mesma maneira como desvirtuaram a bela lavagem do Bomfim, desvirtuaram o popular, gostoso e alegre carnaval.
O carnaval de Salvador deixou a Praça Castro Alves que era do povo e foi para a Barra e Ondina. Os blocos cada vez mais comerciais, segregam os que fizeram a alegria do carnaval através de suas cordas.
O carnaval de Salvador já era. Virou uma festa besta, metida a esnobe em camarotes hi-tec regado a whisky de origem duvidosa.
Esses pseudos empresários protestam contra o vice-prefeito, Edvaldo Brtito, também Coordenador do Carnaval, por exigir o mínimo de direito trabalhista para esses pobres miseráveis que aquentam o pão que a fome desses degenerados empresarios amassou a cada dia de trabalho de mais de oito horas, ao custo que varia de 8 a 10 reais.
Exige-se o fornecimento de três litros de água, protetores auriculares, alimentação e sapados apropriados.
Direitos esses, que os sedentos exploradores da alegria que já foi do povo, querem diminuir ou abolir. Já conseguiram diminuir a cota de água e os sapatos. Só não diminuíram a sede incomensurável de explorar o seu semelhante.
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Eduardo Leite
PARA O POBRE, NADA. DO POBRE, TUDO.
Reviewed by Eduardo Leite
on
1/15/2010 06:50:00 PM
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Um comentário:
Impressionante com as pessoas não se importam de explorar o outro em prol do seu lucro pessoal...Absurdo...
Parabéns pela denuncia e sensibilidade com o ser humano...
abçs, Patttricia
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