Feira de Santana, com mais de 600 mil habitantes, sendo referência na área da saúde para mais de três milhões de habitantes, dispõe de uma rede hospitalar que não atende bem a essa demanda. A nível de hospitais públicos ou privados que atendam ao SUS, quase nada foi investido nas últimas décadas.
O Hospital da Criança, (inaugurado às vésperas da última eleição para governador), com capacidade para 68 leitos, não tem UTI nem atende emergência (?). Durante dois anos funcionou com apenas 20 leitos e, com a epidemia da dengue ,passou para 30 leitos, mantendo uma ociosidade acima de 50% da sua capacidade. Na realidade é uma bela estrutura física que teve explícita finalidade eleitoreira.
Infelizmente, recursos federais destinados ao combate da dengue, foram desviados por vários prefeitos baianos, nas últimas eleições municipais, o que resultou num significativo aumento dos casos de dengue, com repercussão nacional.
As autoridades sabiam disso e o próprio Ministro da Saúde, Dr. José Carlos Temporão, alertou sobre esse lamentável desvio de recursos.
O grande fluxo de turistas durante o carnaval e o verão no estado da Bahia, com uma epidemia de dengue, que este ano aumentou em mais de 312%, resultou em mais de 30% de novos casos em todo o Brasil.
Realizar uma festa como a micareta, que durante cinco dias reúne milhares de pessoas, num percurso de 2.5 quilômetros, vivendo uma epidemia de dengue e sendo vítimas de inúmeras viroses pós carnaval de Salvador, num período de chuvas pós um feriado prolongado de semana Santa, sem contar com uma boa estrutura ambulatorial e hospitalar, é sem sombra de dúvidas uma insensatez.
As autoridades sanitárias têm uma visão direcionada exclusivamente ao combate do mosquito do dengue, não valorizado os cuidados com o portador do dengue, o ser humano (o hospedeiro do vírus), daí, a nosso ver, um equívoco a ser reparado.
Seria importante dar atenção para todo individuo portador do vírus, efetivando dedetização na sua residência e vizinhança num raio de 800 metros.
Além disso, outras medidas seriam efetuadas como, por exemplo, fornecer repelente, mosquiteiros e colocação de armadilhas apropriadas na captura do mosquito Aedes Aegypidi.
Procuramos, em nome da prioridade, que é o bem estar da comunidade, adiar essa festa, não conseguimos, porém, ficou a alerta e a cobrança do Ministério Público, para que as autoridades façam a sua parte e não pensem só em festa e apliquem bem os recursos públicos.
Eduardo Leite
eduardoleite@gastroajuda.com.br
O Hospital da Criança, (inaugurado às vésperas da última eleição para governador), com capacidade para 68 leitos, não tem UTI nem atende emergência (?). Durante dois anos funcionou com apenas 20 leitos e, com a epidemia da dengue ,passou para 30 leitos, mantendo uma ociosidade acima de 50% da sua capacidade. Na realidade é uma bela estrutura física que teve explícita finalidade eleitoreira.
Infelizmente, recursos federais destinados ao combate da dengue, foram desviados por vários prefeitos baianos, nas últimas eleições municipais, o que resultou num significativo aumento dos casos de dengue, com repercussão nacional.
As autoridades sabiam disso e o próprio Ministro da Saúde, Dr. José Carlos Temporão, alertou sobre esse lamentável desvio de recursos.
O grande fluxo de turistas durante o carnaval e o verão no estado da Bahia, com uma epidemia de dengue, que este ano aumentou em mais de 312%, resultou em mais de 30% de novos casos em todo o Brasil.
Realizar uma festa como a micareta, que durante cinco dias reúne milhares de pessoas, num percurso de 2.5 quilômetros, vivendo uma epidemia de dengue e sendo vítimas de inúmeras viroses pós carnaval de Salvador, num período de chuvas pós um feriado prolongado de semana Santa, sem contar com uma boa estrutura ambulatorial e hospitalar, é sem sombra de dúvidas uma insensatez.
As autoridades sanitárias têm uma visão direcionada exclusivamente ao combate do mosquito do dengue, não valorizado os cuidados com o portador do dengue, o ser humano (o hospedeiro do vírus), daí, a nosso ver, um equívoco a ser reparado.
Seria importante dar atenção para todo individuo portador do vírus, efetivando dedetização na sua residência e vizinhança num raio de 800 metros.
Além disso, outras medidas seriam efetuadas como, por exemplo, fornecer repelente, mosquiteiros e colocação de armadilhas apropriadas na captura do mosquito Aedes Aegypidi.
Procuramos, em nome da prioridade, que é o bem estar da comunidade, adiar essa festa, não conseguimos, porém, ficou a alerta e a cobrança do Ministério Público, para que as autoridades façam a sua parte e não pensem só em festa e apliquem bem os recursos públicos.
Eduardo Leite
eduardoleite@gastroajuda.com.br
INSENSATEZ, MENTIRAS E INCOMPETÊNCIA . MAS, COM FESTA !
Reviewed by Eduardo Leite
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4/18/2009 07:08:00 AM
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2 comentários:
Dr. Eduardo. Li no sítio “Bahia Notícias” que o deputado estadual Zé Neto (PT) curtiu a micareta ai de Feira de Santana ao lado de adversários históricos, tendo ele inclusive observado a diminuição dos casos de Dengue.
O fato que de imediato me chamou a atenção, pois em tão pouco tempo a cidade já dispõe de dados registrados que comprovam o feito após a micareta. Excelência em saúde pública sua cidade, viu!
Como bom pesquisador que sou me coloquei a pensar.
- Teria a micareta contribuído de que forma para a diminuição dos casos de dengue?
Diversas foram as teorias. Necessitei de ajuda de minha companheira que trabalha (ainda) na Vigilância Epidemiológica e diante de minhas dúvidas ela me saiu com essa:
- Ora! Deve a micareta ter balançado a cidade. E em água parada não há “Dengue”!
Perfeito!
Parabéns por sua luta! E viva o povo brasileiro!
www.fernandocorrelo.blogspot.com
É uma pena que as pessoas penssem assim. Se cuidassem da saúde na chamada prevenção, muitas doenças não estariam ai alastradas. Os governantes preferem gastar depois que a doença esta instalada.
Parabéns Drº Eduardo pela iniciativa e preocupação com o nosso povo
Leedyan Casaes
Assistente Social
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