Porque manter ``vivo´´ um paciente terminal sem a mínima chance de reversão do seu lamentável estado?
Nenhum ser humano em sã consciência gostaria de manter-se ´´vivo`` em estado vegetativo, em muitos casos, à custa de sacrifício físico e mental.
Seguir uma lei ultrapassada, a eutanásia, é além de falta de bom senso, uma irresponsabilidade social.
Os custos para a manutenção de um paciente terminal são altíssimos e repercutem nos pacientes que poderiam ter chance de recuperar a sua saúde com dignidade e retorno social.
Está correto o Conselho Federal de Medicina ao conscientizar à classe médica sobre a ortotanásia, que possibilita ao paciente terminal uma morte com dignidade.
Manter as atuais normas referentes à eutanásia, é manter-se na irracionalidade pois, não reconhece que os avanços da medicina têm que ser disponibilizados para manutenção da vida e não da morte.
Há muito este reparo jurídico deveria ter sido feito. Cabe à sociedade discutir é a MISTANÁSIA, esta, a maior imoralidade social que nos últimos 50 anos, paralela aos grandes avanços da medicina, cresce a cada dia.
Mistanásia: também chamada de eutanásia social. Leonard Martin sugeriu o termo mistanásia para denominar a morte miserável, fora e antes da hora.
Segundo este autor, ´´dentro da grande categoria de mistanásia quero focalizar três situações: primeiro, a grande massa de doentes e deficientes que, por motivos políticos, sociais e econômicos, não chegam a ser pacientes, pois não conseguem ingressar efetivamente no sistema de atendimento médico; segundo, os doentes que conseguem ser pacientes para, em seguida, se tornarem vítimas de erro médico e, terceiro, os pacientes que acabam sendo vítimas de má-prática por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos ´´.
A mistanásia é uma categoria que nos permite levar a sério o fenômeno da maldade humana.
Eduardo Leite
eduardoleite@gastroajuda.com.br
www.gastroajuda.com.br
MORRER OU VIVER COM DIGNIDADE , UM DIREITO.
Reviewed by Eduardo Leite
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11/15/2006 11:08:00 AM
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Um comentário:
Este é um tema que deveria ser citado nas propagandas eleitorais. Entretanto, por não render votos, não se coloca-o em pauta. Uma lástima...
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