Algo de estranho estava atrás da ocupação de várias escolas secundárias e universidades públicas pelo Brasil. Começou por São Paulo Capital e Campinas, antes das eleições municipais.
Depois tomou forma e agigantou-se em Curitiba sucedendo à maior paralização de professores da rede pública estadual . Paralização essa que, semana antes do ENEM agigantou-se pelo Brasil e, essa semana,2/11, também na maior Universidade Estadual do interior da Bahia, localizada em Feira de Santana ,UEFS, onde estudam mais de 7.000 alunos que, somados aos cursos de extensão passam de mais de 12.000 alunos.
O que realmente havia de estranho nessas ocupações é como 10 ou 30 alunos conseguiram impedir que milhares de alunos secundaristas e universitários ficassem sem aula e, pior, sem poder fazer o tão esperado ENEM, como foi o caso de 191.000 candidatos por todo o país?
Nesse vídeo gravado numa escola do sul, os professores confessam o que realmente está atrás dessas ocupações assim como nas entre linhas da nota de apoio ao movimento, pela própria Administração Geral da UEFS .
Nesse vídeo gravado numa escola do sul, os professores confessam o que realmente está atrás dessas ocupações assim como nas entre linhas da nota de apoio ao movimento, pela própria Administração Geral da UEFS .
02/11/2016 19:10
NOTA PÚBLICA SOBRE A OCUPAÇÃO ESTUDANTIL DA UEFS
A Administração Central da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) vem a público informar que, após Assembléia Geral Estudantil realizada ontem (01/11), o prédio da Reitoria foi ocupado por estudantes de diversos cursos da Instituição. A ocupação decorre da tendência de mobilização nacional contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de n° 241/2016 que prevê a limitação de aplicação de recursos orçamentários na Saúde, na Educação, na Ciência e Tecnologia e outras áreas sociais por 20 anos. A PEC n° 241/2016 atualmente aprovada na Câmara dos Deputados, está em discussão no Senado Federal como PEC n° 55/2016.
Diante do contexto posto, é necessário destacar que o papel de uma universidade pública é contribuir para a construção de uma sociedade em que a igualdade de oportunidades, os direitos fundamentais e a democracia estejam garantidos a seus cidadãos. Por um lado vivemos uma conjuntura marcada por crise econômica, e, por outro lado, o atual Governo Federal apresenta soluções que culpabilizam o Estado e apontam como fulcro de tal crise os supostos gastos excessivos do Estado com direitos constitucionais primários, argumento do qual discordamos. Tais soluções reduzem a capacidade do Estado de garantir um dos pilares do desenvolvimento de uma nação, o sistema educacional, que em todos os níveis necessita de investimentos constantes e crescentes para universalizar o acesso à educação básica e ampliar o Ensino Superior, como prevêem inclusive as metas do Plano Nacional de Educação.
Somente a participação democrática e cidadã da população, da qual as mobilizações estudantis fazem parte, poderá reverter a ameaça de perda de direitos essenciais previstos na Constituição Federal e a negação de um futuro digno para milhões de brasileiros. O próprio destino da Universidade Pública, Gratuita e Socialmente Referenciada, comprometida com a formação de cidadãos críticos e pensantes está entre esses direitos ameaçados. A Administração Central da Uefs tem apoiado os movimentos nacionais em defesa da educação brasileira e, desta forma, solidariza-se com os estudantes da Uefs que, neste momento, protagonizam a ampliação destes movimentos no Estado da Bahia.
Administração Central da UEFS.
A FARSA DA OCUPAÇÃO DOS ESTUDANTES DA UEFS .
Reviewed by Eduardo Leite
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11/06/2016 04:07:00 AM
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