O CAOS NA SAÚDE É FRUTO DA CORRUPÇÃO.

O caos na Bahia era uma realidade que todos sabiam apesar da lavagem cerebral via meios de comunicação mantidos por gordas verbas públicas para as empresas ligadas aos carlistas. Tínhamos que ter paciência e acreditar que o governador Jaques Wagner aproveitaria essa importante oportunidade que o povo baiano estava lhe dando para mostrar que se tratava realmente de um homem de bem e que iria realizar as promessas de campanha, em especial, o combate à corrupção. Na área da saúde ficamos confiantes ao saber que um excelente técnico, Dr. Jorge Solla, fora escolhido para chefiar a secretaria de saúde do estado-SESAB.

A saúde na Bahia, realmente, estava um caos, resultante da incompetência administrativa e da corrupção dos governantes carlistas, onde, inclusive, o ex-secretário da saúde, Otto Alencar, teve substancial participação para aumentar esse caos. Hoje, esse ex-carlista, alia-se ao PT como candidato a vice-governador pelo PT que tanto o combateu sobre a sua participação na fraudulenta falência da EBAL e os desmandos frente à SESAB .Sendo médico sou testemunha desse crime social e por isso aceitei trabalhar na equipe do Dr. Jorge Solla, como diretor geral do maior hospital do interior do estado, Hospital Geral Clériston Andrade-HGCA, em Feira de Santana.

Aceitei dizendo que só ficaria por seis meses, tempo que eu imaginava poder colocar o Hospital em ordem e voltar para o meu trabalho como médico.

Nem um plano me foi dado e nada de especial me foi recomendado, tipo, se vire. Fiquei logo preocupado; como se convida um desconhecido, sem experiência administrativa na área pública para dirigir o maior hospital do interior e o terceiro do estado sem ao menos dar um cronograma ou planejamento? Quais seriam as metas? Quais seriam as prioridades a serem executadas?

No mesmo dia, como está relatado no livro, Política e Corrupção na Saúde-Parte I, www.politicaecorrupcaonasaude.blogspot.com, fui visitar o hospital e vi a extensão dos problemas que teria que enfrentar.

Depois de três dias elaborei um projeto e passei a cobrá-lo ao Dr. Solla. Passei a admirá-lo e acreditar nas suas boas intenções por ver que ele demonstrava compromisso administrativo e pela maneira atenciosa com a qual me recebia e atendia as minhas primeiras reivindicações, apesar das amarras inaceitáveis de alguns dos seus diretores.

Os seis meses prometidos se transformaram em 12 meses e 15 dias. Nos últimos quatro meses eu já estava perdendo a esperança em ver os meus planos concretizados.

No meu cronograma, o atraso já era de oito meses e eu não poderia esperar mais, pois, todo o trabalho desenvolvido estava por se perder por falta de planejamento e controle da SESAB. Um verdadeiro ninho de gatos e atrapalhados diretores que se perdiam em longas e estafantes reuniões tipo aquelas sobre sexo dos anjos. Além do mais eu não estava vendo interesse por parte dos meus superiores em pegar os picaretas das compras e outros desmandos. No dia 15 de julho de 2007, já bastante decepcionado e por não aceitar interferência na minha administração, comuniquei a minha demissão.

A minha intenção em escrever o livro Política e Corrupção na Saúde-Parte I, era para que os meus planos fossem seguidos e que o hospital viesse a funcionar como deveria. Ledo engano. Apesar do volume de dinheiro nas reformas planejadas e implantadas por mim o hospital continuava um caos e prestando um péssimo serviço. E esse caos continuava, apesar dos investimentos, por que não obedeciam ao meu planejamento, como por exemplo: implantamos um serviço de neurocirurgia e não me forneceram os equipamentos para as duas novas UTIs que eu havia disponibilizado, dentre outras metas.

Outro exemplo, depois da minha saída, ampliaram e reformaram o Centro Cirúrgico e não contrataram mais funcionários. Ou seja, aumentam a capacidade operacional do C.C. sem disponibilizar os funcionários para operarem o Centro de Recuperação de Pacientes, 8 leitos, que se encontra fechado até hoje depois da pomposa, julho-09, inauguração com direito a ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rosseff, em deslavada campanha eleitoral. Que lógica é essa?

Posso garantir que há corrupção explicita na SESAB e provar que a irresponsabilidade administrativa da mesma resulta na Mistanásia, fruto da prioridade eleitoreira. Para quem não sabe Mistanásia, é a morte do cidadão pela falta de uma assistência pública. No meu segundo livro Política e Corrupção na Saúde-Parte II, relato essas evidências enfatizando mais a falta de planejamento e de vontade política do atual governo Jaques Wagner-PT

Se eu tinha alguma dúvida sobre a lisura da atual direção da SESAB, esta deixou de existir após constatar as denúncias bem fundamentadas do jovem jornalista, Rafael Velame, postada no seu blog www.blogdovelame.com.br.

Como poderão verificar o Hospital da Criança do Estado, em Feira de Santana, a ser inaugurado em agosto deste ano, sem estar pronto, atendendo a interesses eleitoreiros, está para ser administrado ao custo de 83 milhões de reais por uma OS, com menos de um ano de existência e que nem telefone e endereço tem. Essa empresa laranja é paulista e com certeza faz parte da quadrilha montada pelos petistas desonestos para levantar fundos de campanha.

Estamos literalmente entregues a nível nacional e estadual a uma quadrilha de homens que se dizem públicos e de bem. Aqui estou fazendo uso das palavras do Excelentíssimo Sr. Juiz, Joaquim Barbosa, do STJ, que preside o inquérito sobre a quadrilha do mensalão do PT.

Gostaria de escrever sobre um tema ameno que falasse da grandiosidade de homens políticos dignos e que fossem exemplos a serem seguidos. Infelizmente, somos obrigados a falar e escrever a verdade que nos cerca. É lamentável que o poder faça com que homens que tinham uma história acadêmica brilhante, como era o caso do Dr. Jorge Solla, se submetam a tais descaminhos.

A Bahia de todos os Santos, apesar da mudança política continua sendo vítima de uns tantos malandros. Razão pela qual voltaremos a vibrar caso o povo baiano volte a acordar e faça valer do seu voto para repudiar a esse governo.

Eduardo Leite
gastroajuda@hotmail.com

5 comentários:

Anônimo disse...

Caro Doutor,

E neste contexto a Saúde vai de mal a pior.

Como diria o poeta Mário Quintana "O que mata o jardim não é o abandono. O que mata o jardim é esse olhar de quem passa por ele indiferente."

A indiferença é muito pior do que ódio, pois o ódio denota a presença do outro e a indiferença é aquela situação de quem não está nem aí.

Os ideologistas sentem nojo deste sistema dissimulado e não aceitam compartilhar com a hipocrisia.

Os ideologistas incomodam por que não aceitam a mentira, a propaganda mentirosa, a falta de dignidade.

Saúde, educação e segurança pública é uma boa plataforma de esperança para eleitores incautos.

Aguardemos até as próximas eleições. "Tudo como dantes no quartel de Abrantes".

Forte abraço,

Junior

Segunda-feira, Maio 31, 2010 8:29:00 PM

Eduardo Leite disse...

Prezado Júnior.

Cada vez mais me convenço de que a alegação da necessidade de mais recursos públicos para a saúde seria a solução, não é verdade. A saúde pública necessita de gestores competentes e honestos.A outra peça importante é contar com uma sociedade que lute por esse inalienável direito de ter uma saúde pública digna e eficiente para todos.

Eduardo Leite

Segunda-feira, Maio 31, 2010 8:54:00 PM

Nilson Barcelli disse...

Caro amigo, ao assumir publicamente que há corrupção, a sua coragem é digna de registo.

O grande problema é que, imagino que seja como em Portugal, há poucos a querer que as coisas funcionem como deve ser. Os corruptos podem ser uma minoria, mas a maioria das pessoas não luta contra isso.

Um abraço.

Terça-feira, Junho 01, 2010 7:08:00 PM

Eduardo Leite disse...

Prezado Nilson.

Saúde, esperença e poesia, sempre.

A corrupção no Brasil, infelizmente deixa de ser minoria, pois, a maioria dos políticos,dela, a corrupção, fazem a razão de ser deles.Um absurdo.Na saúde pública são os verdadeiros gestores da Mistanásia.Ontem mesmo tive pacientes que procuram os meus serviços profissionais como cirurgião por não suportarem os péssimos serviços públicos na minha cidade.Por minhas denúncias tenho sofrido pressões por parte desses bandidos.Não cederei de maneira alguma.Ceder a estes marginais,jamais,pois, para mim, é renunciar aos meus principios profissionais ou renunciar à vida.Forte abraço.

Eduardo Leite

Terça-feira, Junho 01, 2010 8:08:00 PM

Anônimo disse...

Caro Colega,

Sinto lhe informar que todos são bandidos ...não há moçinhos nessas histórias ...Já ouviu falar de money?
Responde tudo ....explica tudo , dilacera tudo e todos....