O medo sempre fez parte da história do homem. Nos primórdios da sua existência era o medo, seu maior aliando contra os seus predadores. Esse sentido, medo, ficou até hoje na nossa memória reptiliana .
O medo, sem sombra de dúvidas, é o maior sentido de defesa de todos os animais. Infelizmente para o homem, apesar do seu grande desenvolvimento intelectual conquistado ao longo da sua evolução, esse sentido animal deveria diminuir de importância e não aumentar.
Com o desenvolvimento industrial, com a inversão de valores onde a prioridade é a posse material em lugar do crescimento existencial, da importância da ética e da moral , a sociedade e a família passaram a ter sérios problemas estruturais.
Uma nação emergente como a nossa, carente de técnicos e pródiga em formar jovens desqualificados, por falta de um ensino público e privado básico, secundário e técnico de qualidade, esses jovens, tornam-se presa fácil do medo, das drogas, do álcool e dos políticos demagogos e dirigentes corruptos que amplificam a injustiça social.
O medo do desemprego, da falta de opção numa sociedade cada vez mais corrupta, competitiva, exigente e materialista que vê no consumo a sua razão de ser, fica cada vez mais egoísta e fonte crescente de outros medos. Já dizia Oscar Wilde: ´´ onde há medo, não há inteligência ``. Por mais que paradoxal que venha a aparecer essa é a nossa realidade: crescemos em conhecimento tecnológico e decrescemos a cada ano em crescimento social, comunitário e familiar.
Hoje temos medo de doença, de assaltos, de acidentes, de desemprego, de seqüestro relâmpago, de engarrafamento, do vício as droga e ao álcool, da solidão e o eterno medo da morte.
Associados a esses medos, juntam-se outros tantos medos típicos de uma geração cada vez mais voltada ao consumo material e pobre na construção do seu ser existencial. Afinal viemos a este mundo para quê? Para sermos cada vez temente à nossa própria espécie?
Eduardo Leite
gastroajuda@hotmail.com
2 comentários:
Eduardo, moro em Brasília e estou com dengue. Acabei de voltar de duas farmácias onde os farmaceuticos recusaram-se a me vender DIPIRONA 1g, oferecendo-me, ao invés, PARACETAMOL, mesmo eu estando com a receita médica para a DIPIRONA.
Vi um post seu de 2008 tratando do assunto. O que avançou nessa discussão? A existência dessa dúvida é absurda, colocando a vida de pacientes em risco.
Estou indo agora para o hospital sem tomar remédio algum, rs,aguentando a dor de cabeça e a febre na raça, pois os farmacêuticos me meteram medo de tomar qualquer medicação.
Obrigado,
Prezado Rafael.
Há controvérsias a repeito do uso da Dipirona em caso de Dengue.Já postei artigos onde considero oportuno o uso da Dipirona nos casos de Dengue desde que son supervisão médica como é o seu caso.A hidratação é de fundamental importância.Fale com o seu médico.
Melhoras.
Eduardo Leite
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