A SAÚDE DO PROFESSOR

´´Não se pode falar de educação sem amor``
. Paulo Freire.

Os nossos mestres estão cada vez mais doentes. Inúmeros trabalhos atestam que os professores estão cada vez mais com a sua saúde comprometida.

No Brasil, como sempre, as estatísticas que evidenciam a falência do sistema público como um todo é carente de trabalhos que venham a expor a incompetência administrativa dos órgãos responsáveis.

Mas os sindicados dos docentes universitários e do ensino básico estão cada vez mais atentos para esse grave problema e têm desenvolvido pesquisas a respeito da saúde dos docentes.

Verifica-se que as más condições de trabalho acentuam de maneira dramática a penosidade da profissão de professor, especialmente por que acrescentam:

1. Sentimento de desprestígio pelos maus salários (a falta de reconhecimento social é fonte de mal-estar no trabalho);

2. submissão a jornadas excessivas;

3. falta de perspectivas profissionais;

4. insegurança, ansiedade e angústia, provocadas pelos baixos salários e pela instabilidade no cargo;

5. incapacitação provocada pela escassez de recursos didáticos;

6. Conseqüências negativas para o resultado do trabalho que realizam e para sua própria pessoa.

Estes são os principais fatores que levam muitos dos professores a desistirem dessa tão importante profissão.

Os que se submetem a uma carga excessiva de trabalho para compensar os baixos salários e à falta de valorização do seu trabalho ficam cada vez mais susceptíveis às doenças mentais,estas, as mais graves e comuns das doenças que na atualidade levam à incapacitação dos professores.

Uma nação que não valoriza os seus professores torna-se presa fácil dos governantes demagogos e corruptos, quer da direita ou dos que se dizem da esquerda, pois a verdadeira liberdade e justiça social só se concretizam com uma educação de qualidade. Uma educação de qualidade só se consegue com a valorização dos professores.

Eduardo Leite
gastroajuda@hotmail.com
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