A cada campanha política as mesmas promessas: investimentos na saúde, educação, transporte, segurança e etc.
Passados os primeiros meses do novo governo as cobranças são as mesmas: falta de segurança, violência aumentando, escolas sem professores, postos e hospitais de emergência super lotados, falta de medicamentos, de médicos, transporte deficitário e etc.
Tem-se a impressão, e tudo faz crer, de que não há solução, pois os serviços públicos, na sua esmagadora maioria, continuam em precárias condições.
Não é fácil descobrir a chave do sucesso dos países democráticos como o Japão, Coreia do Sul e a grande maioria dos países europeus, como por exemplo, investimento na educação.
Citemos o Japão, um arquipélago com terras quase improdutivas, com um inverno rigoroso, maremotos, vulções, terremotos terríveis, sem minério e uma gota de petróleo, vindo de uma guerra mundial, há 54 anos, onde foi bombardeado por duas bombas nucleares. Tornou-se uma das três maiores potências mundiais. Qual o segredo? Investimento na educação.
Logo após a assinatura do termo de rendição, O Imperador Japonês, assinou um decreto no qual determinava que nenhum servidor público (incluindo juízes, médicos e engenheiros...), ganharia mais do que um professor.
Lamentavelmente, as prioridades dos nossos governantes, estão voltadas para obras faraónicas, como a Trans Amazônica, até hoje não concluída, ponte Rio Niterói, usina nuclear de Angra, ferrovia Norte-Sul, até hoje não concluída, jogos Pan Americanos, estes, ao custo mais de quatro bilhões de reais.
Dizia-se na época que o Rio de Janeiro ganharia com esses jogos, melhorias na segurança, na educação, na saúde e no transporte. Realmente, o Rio de Janeiro, continua lindo. Lamentavelmente, cercado de favelas, guerra urbana, saúde pública caótica e educação de péssima qualidade, além de um transporte deplorável.
Fala-se agora na copa de futebol em 2014, como a salvação da nação. Pura e explícita falácia, onde se sabe que o retorno é muito aquém do capital investido.
Parte significativa da juventude, abandonada pelo poder público, abriga-se no poder marginal e na ilusão da drogas, tornando a violência um transtorno social de difícil solução.
A desculpa de que não há recursos suficientes é outra falácia, pois vemos a cada dia milhões de reais de verbas públicas gastos em publicidade enganosas sem falar nos altíssimos desvios de recursos públicos através de obras superfaturadas.
Eduardo Leite
eduardoleite1949@gmail.com
Eduardo Leite
eduardoleite1949@gmail.com
P.S. Só o governo federal de 2002 a 2008 , já gastou 6,3 bilhões de reais em publicidade e propaganda ...fora os patrocínios.
0,7 % do PIB (Produto Interno Bruto) é investido em educação, destes gastos, investe-se 7 vezes mais em ensino superior do que no ensino básico e fundamental.
AFINAL, QUAL É A PRIORIDADE?
Reviewed by Eduardo Leite
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6/05/2009 06:46:00 PM
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Um comentário:
Com certeza a prioridade em nosso país jamais será educação. É só analisar o nosso perfil político desde a República. Povo educado é mais difícil de manobrar com jogadas tipo "Copa no Brasil", só para citar a mais recente. Não interessa aos políticos que a atual massa populacional melhore o nível em termos de educação. Isto é o terror, a treva, o pesadelo dos políticos. Imaginar que o "povão" vá saber argumentar, criticar, se organizar, fazer valer a legislação, etc. Nunca! Para eles, está bom como está.
E vamos fazer festa! E haja feriado, enforcado e ponto facultativo.
Talvez a saúde um dia seja prioridade no Brasil. Mas educação, jamais.
Dr. Eduardo, grande abraço!
Cris Rebouças
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