A BEM DA VERDADE, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Gostaria de não mais tecer comentários sobre a péssima assistência médica municipal da qual os feirenses e moradores das mais de 100 cidades pactuadas com a PMFS são vítimas.

Para enaltecer o que não faz com competência, a pródiga secretaria de comunicação do município de Feira, no fim de oito anos de enganação, detona milionárias verbas nos meios de comunicação com propaganda enganosa a respeito dos postos de saúde, policlínicas, PSF, SAMU e meios de diagnósticos.

É importante discutirmos que a verba de publicidade da PMFS é superior á verba da secretaria de agricultura. Deveriam existir a nível federal, estadual e municipal, melhores critérios para o uso das verbas publicitárias.

Publicidade pública só para as matérias institucionais, como campanhas de vacinação, combate ao fumo, ao consumo de drogas e às campanhas de incentivo ao estudo e prevenção de acidentes e etc.

Desde quando a obrigação gerencial é para ser propagada? Devemos sair por aí dizendo: somos honestos e competentes?

É importante que a população de Feira de Santana e das cidades pactuadas fique sabendo que em relação à assistência médica pública a responsabilidade é do município de Feira.

Este município recebe as verbas da União e compra os serviços de mais de 30 prestadores privados e de entidades ditas filantrópicas como HDPA e outras, além do Hospital Clériston Andrade, este, como sabemos pertence ao Estado.

Como a PMFS é incompetente no tocante ao gerenciamento da assistência à saúde básica e de média complexidade, esta incompetência resulta em pacientes crônicos com crises constantes de agudização que superlotam o único hospital que atende pelo SUS os casos de média e alta complexidade. No nosso caso, é o HCA a única saída.

O Hospital Don Pedro de Alcântara, na realidade, serve para servir a grupos empresarias da doença que lucra com os procedimentos que melhor são remunerados pelas verbas federais do SUS, como por exemplo, oncologia e procedimentos cardiológicos.

Só para citar um absurdo, a UTI de 12 leitos do HDPA, bancada pelo SUS, só disponibiliza seis leitos para o SUS e, assim mesmo, para pacientes com patologias cardiovasculares selecionadas.

O Ministério Público Federal e estadual devem investigar tamanho absurdo e tomar as devidas providências.

Da mesma maneira devem investigar e apurar o péssimo atendimento ofertado pelas falsas policlínicas, pelo PSF (Programa de Saúde Familiar), assim como, sobre os mais de 100 postos de saúde, tão propagados pelo atual prefeito.

Responsabilizar ao Governo do Estado via Hospital Clériston Andrade, como o responsável pelos problemas da assistência médica pública no nosso município e região pactuada é a única saída do gestor incompetente, ou ao menos, mal assessorado.

É bom que tudo fique apurado e que a verdade apareça, esta, só existe uma. Não há duas verdades, muito menos meia verdade.

A verdade é uma condição sine qua non para todo ser humano e, principalmente, para todo gestor público seja do executivo ou legislativo.

Via veritas et vita, senhor prefeito.

Eduardo Leite
eduardoleite@gastroajuda.com.br
http://www.gastroajuda.com.br/