FECHAR O HRCA, DENTRO DE 20 A 30 DIAS?

Não seria o caso de fechar o único hospital com atendimento de emergência pelo SUS, em Feira e região, que resolveria um verdadeiro crime social, mas a pressão é necessária e pertinente.

A política de saúde pública no nosso estado, infelizmente, carente de planejamento e com graves erros estruturais, erros esses, resultantes de uma política equivocada e eleitoreira que beneficia a indústria super lucrativa da doença em detrimento à medicina preventiva.

A inversão de prioridades por parte da maioria dos governantes é por si só imoral e revoltante, investir recursos públicos em obras, na sua maioria superfaturadas, na construção de hospitais, ambulatórios e não aplicar recursos em saneamento básico resulta no caos da assistência médica nos hospitais de emergência.

Vejamos o caso aqui em nossa cidade; o atual prefeito, José Ronaldo de Carvalho, prioriza a construção de viadutos e se vangloria de calçar ruas para não sujar os sapatos e as carcomidas alpercatas dos seus eleitores, esquecendo dos esgotos e outras obras de saneamento básico.

Assim como, não investe na educação, esta, fundamental, na escala progressiva do desenvolvimento social em todos os sentidos.

Escolas degradadas e professores desmotivados que fingem ensinar a aluno, ávidos por conhecimentos.

Da mesma maneira, os médicos do sistema municipal de saúde fingem que estão medicando a pacientes que não estão fingindo que estão doentes.

Falta aos municípios e ao estado a implantação de uma política de saúde, onde, a prioridade seja à prevenção e o planejamento eficiente do tratamento das doenças crônicas.

O atual governo herda um estado depauperado e corrompido há mais de 40 anos pelo mesmo grupo político que enriqueceu aos seus aliados e emprobeceu esta rica Bahia.

Mas, já se passaram seis meses e já é tempo suficiente para reverter ou pelo menos amenizar este caótico quadro, não só na nossa região, a região metropolitana de Salvador passa por uma situação de igual calamidade.

Assim como o médico só tem 3 minutos para reverter uma parada cardiorrespiratória, depois deste tempo as seqüelas são na sua maioria irreversíveis e de dramática evolução, a emergência do HRCA não pode fechar e muito menos continuar com este péssimo atendimento.

Tem toda razão o Ministério Público, em vistoriar o HRCA e dar o seu parecer sobre o caótico presente do referido hospital, presente esse, que vem de um nebuloso passado, desde a sua inauguração.

Providências têm que ser tomadas em caráter emergencial por parte da SESAB para que mais vidas sejam poupadas e que os sobreviventes tenham um atendimento digno, este, é o papel mínimo que cabe ao estado.

Recursos existem, e estes, aplicados com competência, honestidade, seriedade e planejamento prioritário, trarão os resultados almejados por todos, inclusive, pelos que jogam pedras sem apresentar soluções ou aos que esquecerem que, no passado, contribuíram substancialmente para este caótico presente.

Eduardo Leite

www.gastroajuda.com.br