1 de Maio 2006

1 DE MAIO, ALGUMAS REFLEXÕES.


Hoje, no mundo todo, comemora-se o dia do trabalhador. E, como sempre, repetem-se os protestos na maioria dos países democráticos.

Na realidade é um dia do protesto e não de comemorações, afinal, a classe trabalhadora nada tem a comemorar.

A titulo de preservar a máquina estatal a cada ano os direitos dos trabalhadores são diminuídos,assim como, dos aposentados.

A tão almejada diminuição da carga horária da classe operária, cada vez mais, fica mais distante. Só para citar um exemplo em relação aos bancários,estes,dispõem de apenas 15 minutos para o almoço no espaço de seis horas trabalhadas,que, na realidade são mais de seis horas ...

No Brasil, os empresários, com razão, queixam-se da excessiva carga tributária que é acima de 100% do salário pago, nos EUA não passa de 14%.

Exigir uma carga horária de oito horas é desumano e acarreta em mais desemprego e aumento das aposentadorias pela LER e outros casos de acidentes no trabalho.

Computado em média 4 horas entre ir e voltar ao trabalho, em média, resta ao operário 12 horas para dormir, alimentar-se, aperfeiçoar-se e lazer.

Equilibrar as contas da Previdência é acabar com os altíssimos índices de corrupção na própria Previdência, redução da carga horária, proibição de horas extras, diminuição das absurdas taxas tributárias pagas pelo empresariado e um combate à informalidade.

Cursos profissionalizantes, de aperfeiçoamento e qualidade de vida seriam obrigatórios nas empresas com mais de 100 funcionários e um programa de atividade física seria instituído para compensar as horas vagas.

A classe política e a classe operária necessitam urgentemente de uma reflexão e ter empenho em reformular as leis trabalhistas em beneficio de toda a Nação e, não apenas, ouvir as grandes empresas.

A classe operária brasileira teve uma grande oportunidade no Governo Lula, mas, infelizmente, este ex-operário e ex-líder sindicalista serviu apenas aos banqueiros e grandes grupos internacionais e nacionais, dando o maior golpe estelionatário, traindo os princípios da classe operária que tanto o ajudou a chegar ao poder e, o que é pior, envergonhou toda Nação com tantos escândalos de corrupção este, o grande câncer que impede uma justiça social.

Eduardo Leite
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