Câmeras, ação, 240 homens, promotores maquiados, policiais fortemente armados e acompanhados de fotógrafos e dos diversos canais de TV deste Brasil varonil, cercam, invadem e intimidam a deslumbrante Daslu, o templo máximo da burguesia paulistana, e fingem que colaboram com a ordem social.
É mais uma mega operação do Ministério Público com apoio inconteste da Polícia Federal, depois de uma ressaca de Nova Schincariol, cansada de briga de galo com Duda Mendonça e companhia.
Todo mundo preso, algemas, luz, ação, protestos, aplausos e vaias. Todo mundo solto depois de cinco a dez dias e tudo continua do mesmo jeito.
Empresários subfaturando, polícia extorquindo, professor subassalariado finge que ensina, aluno sem motivação finge que aprende, médicos cooperados fingem que atendem a pacientes que, sem fingir, padecem de verdade perante uma assistência médica deficitária e corrupta.
Policiais despreparados competem em maldade com meliantes de formação, contra cidadãos atônitos no dia-a-dia da contravenção.
Quem não gosta e não compra CD ou DVD de 3 a 10 reais, tênis da Nike por 30 reais, Rolex por 20 reais, e tantas outras bugigangas made in Paraguai?
Do mesmo jeito que os milionários deste Brasil varonil compram na Daslu grifes verdadeiras a preços subfaturados, os pobres coitados Zé Manés e Marias da Silva, todos eles, fogem dos absurdos impostos e encargos trabalhistas que somos obrigados a pagar para manter a corrupção desenfreada imposta por políticos sem visão social e com apego ao poder e ao lucro fácil.
Estas operações fayshon do Ministério Público, com apoio ostensivo da Polícia Federal, não resultam em nada de positivo, funcionam apenas como mais um faz de conta.
O faz de conta tão comum na vida do cidadão, como José da Silva ou André Matarazzo, ou Maria José ou Eliana Tranquesi.
O faz de conta que funciona dos postos de saúde pomposamente inaugurados por políticos incompetentes em véspera de eleição.
O faz de conta de colégios, faculdades públicas e particulares, que fingem que formam cidadãos preparados e esclarecidos.
O faz de conta que somos a oitava economia mundial e, ao mesmo tempo, disputamos níveis de injustiça social com a desgraçada Nigéria.
Faz de conta que temos um presidente honesto e competente que veio do movimento sindical para resgatar a justiça social e a moralidade pública, para termos um país mais justo, mais democrático e mais ético... Faz de conta.
É mais uma mega operação do Ministério Público com apoio inconteste da Polícia Federal, depois de uma ressaca de Nova Schincariol, cansada de briga de galo com Duda Mendonça e companhia.
Todo mundo preso, algemas, luz, ação, protestos, aplausos e vaias. Todo mundo solto depois de cinco a dez dias e tudo continua do mesmo jeito.
Empresários subfaturando, polícia extorquindo, professor subassalariado finge que ensina, aluno sem motivação finge que aprende, médicos cooperados fingem que atendem a pacientes que, sem fingir, padecem de verdade perante uma assistência médica deficitária e corrupta.
Policiais despreparados competem em maldade com meliantes de formação, contra cidadãos atônitos no dia-a-dia da contravenção.
Quem não gosta e não compra CD ou DVD de 3 a 10 reais, tênis da Nike por 30 reais, Rolex por 20 reais, e tantas outras bugigangas made in Paraguai?
Do mesmo jeito que os milionários deste Brasil varonil compram na Daslu grifes verdadeiras a preços subfaturados, os pobres coitados Zé Manés e Marias da Silva, todos eles, fogem dos absurdos impostos e encargos trabalhistas que somos obrigados a pagar para manter a corrupção desenfreada imposta por políticos sem visão social e com apego ao poder e ao lucro fácil.
Estas operações fayshon do Ministério Público, com apoio ostensivo da Polícia Federal, não resultam em nada de positivo, funcionam apenas como mais um faz de conta.
O faz de conta tão comum na vida do cidadão, como José da Silva ou André Matarazzo, ou Maria José ou Eliana Tranquesi.
O faz de conta que funciona dos postos de saúde pomposamente inaugurados por políticos incompetentes em véspera de eleição.
O faz de conta de colégios, faculdades públicas e particulares, que fingem que formam cidadãos preparados e esclarecidos.
O faz de conta que somos a oitava economia mundial e, ao mesmo tempo, disputamos níveis de injustiça social com a desgraçada Nigéria.
Faz de conta que temos um presidente honesto e competente que veio do movimento sindical para resgatar a justiça social e a moralidade pública, para termos um país mais justo, mais democrático e mais ético... Faz de conta.
Eduardo Leite
DA DASLU AO PARAGUAI
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Reviewed by Eduardo Leite
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9/07/2005 10:57:00 AM
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