EDUCAÇÃO, A PRIORIDADE.

Uma lousa ou quadro negro numa sala, uma mesa com pouco mais de um metro de diâmetro e uma cadeira, defrontam-se com mais de uma dezena de cadeiras, todas, em evidente estado de degradação, compõem um cenário insólito e triste, de uma escola,Chico Mendes, na periferia da maior cidade do interior da Bahia, Feira de Santana.
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A esta sala, juntam-se outras, igualmente vazias e tristes. Passa pouco das onze horas, um grupo de alunos joga bola no pátio, transformado em campo de pelada, gritam bem alto, como se só existissem eles, bem próximo, duas turmas assistiam aula, sabe-se lá como.
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Duas professoras como robôs, tentavam dar aula, não senti conexão, apenas espanto.

Porque tantas salas vazias num bairro tão populoso aumentaram mais ainda as minhas dúvidas.

Disseram-me que o aluguel da referida escola era de 6.000,00 reais, esta informação, apenas aumentou a minha indignação.

O pouco contato com estes jovens abandonados, parcialmente, nesta escola de periferia me incomodou bastante.

Porque num país de dimensões continentais, com tantas riquezas minerais, auto-suficiente em energia fóssil, com uma variação climática tão propicia a uma diversidade agrícola, com o maior potencial aqüífero do planeta, isento de furacões, de terremotos, vulcões e outras intempéries da natureza, continua tão pobre?

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Um arquipélago, sem uma gota de petróleo, com pouca extensão territorial, constantemente vitimado por vulcões, inverno rigoroso, terremotos e maremotos além de duas bombas atômicas é atualmente a segunda potência mundial, me dá a resposta: educação. O que me resta como cidadão diante o exposto?

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Tentar colocar estas questões em debate para a sociedade e contratar um advogado que tope abraçar esta questão, impedindo ao nosso prefeito de direcionar os recursos municipais na construção dos terciários e egoícos viadutos que implicarão em mais de 10 milhões de dólares num município cuja educação e saúde estão em situação de calamidade.

Eduardo Leite

gastroajuda@hotmail.com